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EDITORIAL

RBCCV no PubMed Central

Domingo M. Braile

DOI: 10.5935/1678-9741.20140108

Após uma espera de quase 2 anos, no dia 10 de julho recebi um e-mail do PubMed Central (PMC) informando que a Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular/Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (RBCCV/BJCVS) tinha sido aprovada na primeira fase do processo de indexação nessa importante base de dados. Estamos agora na segunda etapa, que consiste na análise e controle de qualidade dos dados da nossa revista.

Para isso, a GN1, nossa parceira desde 2005, fez, juntamente com nosso Corpo Editorial, a adaptação de três edições (28.4, 29.1 e 29.2) para o padrão exigido pelo PMC, que consiste em marcação dos arquivos na linguagem XML e imagens com alto padrão de resolução, entre outras exigências. Os arquivos foram enviados para avaliação no início de setembro.

Essa fase do processo não deve ser tão longa como a primeira; assim, temos a expectativa de que, em breve, possamos dar mais uma boa notícia para nossos leitores. Quero aproveitar o momento para reforçar as palavras do Editorial do volume 27.4[1]. O PMC é um repositório on-line, com acesso livre, de publicações na área da saúde. Entretanto, é bastante exigente quanto ao padrão das publicações indexadas. Portanto, peço a autores que sigam as Normas da Revista (http://www.rbccv.org.br/page/6), especialmente no que diz respeito à qualidade das imagens (Tabela 1). Assim, poderemos agilizar o processo de submissão e disponibilização "Ahead of Print" dos manuscritos aprovados, com benefícios para todos.

 

Fator de Impacto

A Thomson Reuters divulgou, no final de julho, o Fator de Impacto (FI) relativo a 2013. Infelizmente, a RBCCV/BJCVS teve uma queda, passando de 0,809 para 0,632. Evidentemente, essa redução me deixou chateado, mas há um aspecto que ajuda a explicar essa queda: temos procurado reduzir a autocitação, que é um item que a Thomson Reuters foca bastante e que pode, inclusive, levar um periódico a ser excluído, caso abuse desse artifício. Claro que é importante que nossos artigos sejam citados por autores brasileiros, mas precisamos procurar produzir material de qualidade científica cada vez mais apurada, a fim de que autores internacionais também nos citem ao publicarem seus trabalhos em outras revistas indexadas.

Volto a enfatizar o meu ponto de vista de que, apesar de importante, o FI não pode ser considerado, especialmente pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e outros órgãos de fomento, como o único parâmetro para suas avaliações. Vários editores, ao redor do mundo, têm opinião semelhante e realizam movimentos para mudar essa situação, como, por exemplo, a San Francisco Declaration on Research Assessment (DORA), que apontou as deficiências do FI como ferramenta de avaliação de pesquisa. Essas limitações incluem: a) a distribuição da citação dentro de revistas é altamente enviesada; B) inclui diversos tipos de artigos, como os de pesquisa primária e revisão; C) o FI de um periódico pode ser manipulado pela política editorial; e D) dados utilizados para calcular o FI não são transparentes nem disponíveis para o público[2].

O boletim "SciELO em Perspectiva" publicou em agosto um artigo do Prof. Ernesto Spinack, intitulado "O que podem nos fornecer as 'métricas alternativas' ou altimetrias, no qual aborda o papel dessas novas formas de avaliar a influência dos trabalhos científicos, além das tradicionais formas de medir as citações.

Spinack analisou quatro artigos do periódico espanhol "El Profesional de la Información" que abordaram o tema, demonstrando que há várias "classes" de impactos, além dos bibliométricos, pois a ciência tem repercussões em vários campos da sociedade. Também foi analisada a falta de estudos quantitativos do uso das mídias sociais, desde as mais restritas à área científica, como RaseacheGate e Mendeley, além das mais conhecidas, como Facebook e Twitter.

Spinack conclui que altimetria ainda está em fase experimental, tendo que resolver problemas de padronização e cobertura e lembra que a bibliometria e cienciometria clássica levou cerca de 20 anos de discussões teóricas por eminentes especialistas para chegar a uma base de consenso de ferramentas e interpretações. Mas que o mais famoso indicador, o FI, ainda é cercado de suspeitas e resistências[3].

Entendo ser importante também o uso para essas avaliações dos acessos aos sites da revistas, mesmo que, eventualmente, não se reflitam em citações. Se uma revista é muito acessada, mostra a sua importância dentro do cenário científico e dentro da sua especialidade. É o caso da RBCCV/BJCVS, que somados seu sites (www.rbccv.org.br, www.bjcvs.org e www.scielo.br/rbccv) teve mais de 1,9 milhões de visitantes em 2013.

Por isso, apesar de o nosso FI ter se reduzido, o número de acessos revela a nossa grande abrangência, refletindo-se em submissões de manuscritos de várias partes do mundo. Apenas nesta edição, estamos publicando artigos da Alemanha, China, Portugal, Turquia e Venezuela. E a tendência é que esse número possa crescer ainda mais, visto que nosso site, ao ser acessado, já aparece na versão em inglês, o que é uma forma de atrair mais leitores e artigos!

Enfatizo também que a RBCCV/BJCVS está disponível como APP (aplicativo), tanto no sistema iOS (iPhone, iPAD) como no sistema Android (Samsung, Motorola, Sony, entre outros). Para fazer o download do aplicativo, basta entrar no APP Store, no iOS, ou Google Play, no Android. Estamos fazendo aperfeiçoamentos no sistema para torná-lo mais ágil e fácil para ser utilizado.

EMC

Os seguintes artigos estão disponíveis para os testes de Educação Médica Continuada (EMC) nesta edição: "Acute kidney injury based on KDIGO (Kidney Disease Improving Global Outcomes) criteria in patients with elevated baseline serum creatinine undergoing cardiac surgery" (pág. 299), "Late outcome analysis of the Braile Biomédica® pericardial valve in the aortic position" (pág. 316), "Evaluation of peripheral muscle strength of patients undergoing elective cardiac surgery: a longitudinal study" (pág. 355) e "Does Homeostasis Model Assessment Insulin Resistance have a predictive value for post-coronary artery bypass grafting surgery outcomes?" (pág. 360). Ressalto a importância do EMC para a atualização dos conhecimentos e que a RBCCV/BJCVS está aberta a críticas e sugestões para aperfeiçoar este sistema.

Finalizando, agradeço o apoio da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV) e aos nossos anunciantes, sem os quais não teria sido possível a nossa revista alcançar o atual patamar de qualidade.

Recebam meu abraço.

REFERÊNCIAS

1. Braile DM. Renovação: processo contínuo na RBCCV. Rev Bras Cir Cardiovasc. 2012;27(4):I-II. [MedLine] Visualizar artigo

2. The San Francisco Declaration on Research Assessment (DORA) [Acesso 31 Ago 2014]. Disponível em: http://am.ascb.org/dora/

3. Spinak E. O que podem nos fornecer as "métricas alternativas" ou altimetrias. SciELO em Perspectiva. [viewed 29 Aug 2014]. Available from: http://blog.scielo.org/blog/2014/08/07/o-que-podem-nos-fornecer-as-metricas-alternativas-ou-altimetrias/

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