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EDITORIAL

Novo Fator de Impacto: 1,239. Meta é passar de 1,5 em 2013

Domingo M. Braile

DOI: 10.5935/1678-9741.20120029

 

O novo Fator de Impacto (FI) da Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular/Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery (RBCCV/BJCVS) é 1,239. A relação foi divulgada no final de junho, pela Thomson Reuters. Esse número representa um crescimento significativo de 30% em relação ao índice do ano passado, de 0,963.

Somos, agora, 6ª revista no ranking das publicações científicas nacionais e a 1ª da área cirúrgica. O Immediacy Index é de 0,329, o segundo maior entre as primeiras 20 revistas brasileiras da lista do ISI.

Para comparações, o Annals of Thoracic Surgery tem FI= 3,741, o Journal of Thoracic and Cardiovascular Surgery tem FI = 3,406 e o European Journal of Cardio-Thoracic Surgery tem FI= 2,550. Somos a quinta revista da especialidade no ranking mundial. Para a CAPES, ainda estamos classificados na Medicinas I - II e III como estrato B2 = 40 pontos sem limites, no entanto somos B1= 60 pontos, sem limites, nas áreas de Educação Física, Enfermagem e Medicina Veterinária. Para chegarmos a BI, na Medicinas I - II e III teremos que atingir um FI acima de 1,599. Essa é a nossa meta para 2013. A Figura 1 mostra as revistas que citaram a RBCCV e a Figura 2 compara o número de citações de outras revistas na RBCCV e viceversa. Citamos muito mais do que fomos citados na maior parte das revistas. Note-se, contudo, que estamos sendo citados em revistas estrangeiras, o que deve aumentar com as facilidades que implementamos este ano, como o EPUB e o FLIP.

 

 

 

Além de comemorarmos o novo FI, esta edição da RBCCV/BJCVS marca o início de uma nova etapa. Após longas deliberações entre o Corpo Editorial da Revista e a Diretoria da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV), com aprovação da Assembleia Geral realizada durante o 39º Congresso Brasileiro de Cirurgia Cardiovascular, chegou-se à decisão de se fazer redução drástica no número de exemplares impressos.

Como o assunto era de interesse dos associados, estatutariamente, a questão foi colocada em debate durante a Assembleia Geral. Por imensa maioria, optou-se por acatar a sugestão, porém, consultando antes os sócios para que aqueles que desejassem continuar a receber o exemplar impresso pudessem se manifestar.

Aconsulta foi feita por meios eletrônicos no mês de maio. Juntando-se aqueles que optaram por continuar a receber a versão impressa, instituições de ensino, patrocinadores, revistas congêneres, Scielo, Pubmed, Thomson Reuters, EBSCO, Scimago e outras, além dos exemplares que ficarão no acervo da SBCCV e da RBCCV, chegou-se à demanda de 200 exemplares. Esse número corresponde a cerca de 1/6 do que era impresso até o volume 27.1 e vai proporcionar considerável economia com a impressão e postagem, verba que será investida na aquisição de softwares para aprimorar e agilizar a edição eletrônica, assim como aumentar a estrutura e profissionalizar a tradução dos artigos para a língua inglesa, fator fundamental para sermos mais lidos e, consequentemente, mais citados.

Além disso, essa decisão segue a atual tendência mundial de manter as edições eletrônicas como principal meio de divulgação das revistas científicas. Contribuindo, também, é claro, para a preservação do meio ambiente com a economia de papel.

A RBCCV eletrônica, em sua edição on-line, pode ser acessada, integralmente e de forma gratuita, de várias maneiras, nos sites www.rbccv.org.br ou www.bjcvs.org ou, ainda, www.scielo.br/rbccv, em vários formatos (HTML, PDF e FLIP, em desktops e notebooks). Está disponível de forma completa também na moderna e universal versão ePub (Electronic Publication) para iPads, iPhones e congêneres, possibilitando o uso das mais avançadas tecnologias da informação.

Esse meio eletrônico incorpora vantagens inimagináveis antes da digitalização. Uma das consequências imediatas é a enorme benefício de não dependermos mais exclusivamente das "Palavras Chave" para encontrar determinado artigo ou citação, uma vez que podemos fazer a busca do assunto desejado simplesmente submetendo uma palavra que o descreva. Na edição da RBCCV em inglês, existe ainda um diferencial de grande valor. Para qualquer termo que não for entendido, basta pressioná-lo com o dedo e escolher a opção "definir"; em seguida, será exibido um dicionário inglês-inglês com o significado da palavra. Existem muitas outras facilidades, que serão logo percebidas por nossos atentos leitores.

Essa diversidade de meios eletrônicos nos quais a RBCCV está disponível tem, como consequência, um incremento potencial no número de leitores, o que juntamente com a disponibilização nas diversas bases de dados, como SciELO, Google Acadêmico, PubMed, Scopus, Embase, EBSCO e Thomson Reuters, entre outras, possibilita a elevação do número de artigos citados, com reflexos no Fator de Impacto.

Essas inovações que temos executado, sempre com apoio das Diretorias da SBCCV, desde que assumi o cargo de Editor-Chefe da RBCCV/BJCVS, em 2002, reforçam nosso compromisso de oferecer uma publicação cada vez mais sólida em termos de conteúdo e forma.

Ao longo do tempo, concretizou-se como veículo de divulgação da Cirurgia Cardiovascular Brasileira, que desde meados do século passado [1] tem se mostrado pujante e atuante, mesmo nem sempre dispondo das condições ideais para o trabalho dos profissionais envolvidos.

Por outro lado, a inserção internacional paulatinamente vai se estabelecendo, pelo reconhecimento de especialistas do mundo inteiro.

Esse clima de confiança ficou evidente no 39º Congresso da SBCCV, em Maceió. A Diretoria da SBCCV e Comissão Organizadora, coordenada pelo Dr. José Wanderley Neto, fizeram um trabalho incansável, o que se refletiu em atividades científicas de alto nível, além da continuidade das sessões de habilidades: Hands On, graças ao trabalho dedicado de muitos, liderados pelo incansável ex-presidente Gilberto Barbosa.

O Techno College também se mostrou de grande utilidade para os associados, oferecendo uma atualização rápida e proativa das técnicas mais recentes.

Todas essas novidades já se tornaram tradição, incorporando o que há de mais novo nos métodos de ensino aprendizado.

Sempre preocupados com a atualização dos Cirurgiões brasileiros, a cada ano, a Diretoria da SBCCV busca novos modelos de ensino, nas mais diferentes áreas, para que possamos estar sempre com os conhecimentos renovados, representando um exemplo para as demais sociedades médicas.

Outro ponto de destacada importância é resultante da confraternização entre os colegas, permitindo que continuemos unidos no ideal que herdamos dos pioneiros, lutando juntos pelo melhor tratamento dos pacientes, condições ideais de trabalho para os colegas e harmonia comportamental, essencial para o bem-estar da comunidade que nos envolve.

A cada ano que passa, o congresso deixa de ser "exclusividade" dos Cirurgiões Cardíacos, agregando profissionais de áreas correlatas, como enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, engenheiros e perfusionistas. Também os acadêmicos têm participado em peso, apresentando trabalhos de alto valor científico, demonstrando que o futuro estará em boas mãos.

Entre os trabalhos da cirurgia cardíaca, os Temas Livres premiados foram os seguintes: 1º lugar: "Comparação da histologia cardíaca e da função ventricular esquerda após transplante de células progenitoras endoteliais purificadas e expandidas no miocárdio infartado de rato", apresentado pelo ex-presidente, Dr. Paulo Brofman (PR) e colegas; 2º lugar: "O transplante autólogo de células tronco de medula óssea e atividade física pós-infarto do miocárdio em ratos Wistar", apresentado pelo Dr. Luiz Cesar Guarita Souza (PR) e colegas; 3º lugar (empatados): "Meta-análise de 6.136 pacientes tratados com intervenção coronária percutânea com Stents farmacológicos ou cirurgia de revascularização miocárdica para estenose de tronco da coronária esquerda não protegida", apresentado pelo Dr. Michel Pompeu Sá (PE) e colegas, e "Atividade da enzima glicose 6-fosfato desidrogenase na hipertrofia aguda de ventrículo direito submetido à bandagem ajustável do tronco pulmonar em animais adultos", apresentado pelo Dr. Leonardo Miana (MG) e colegas.

Pôsteres: 1º lugar: "Seguimento e evolução do implante transcateter da prótese Braile Inovare", apresentado pelo Dr. Diego Gaia (SP) e colegas; 2º lugar: "Estudo in vitro do efeito do crimpamento sobre as estruturas fibrilares do pericárdio das biopróteses transcateter Inovare", apresentado pelo Dr. Marcus Vinicius Gimenez (SP) e colegas; 3º lugar (empatados): "Procedimento híbrido no tratamento da síndrome de hipoplasia do coração esquerdo (SHCE) e variantes anatômicas: resultados em 35 neonatos", apresentado pelo Dr. Marcelo Jatene (SP) e colegas, e "Benefício da eliminação de CNI precoce vs. tardia e introdução de everolimus em receptores HTx; seguimento de longo prazo", apresentado pelo Dr. Arnt Fiane (Noruega) e colegas.

O Prêmio SBCCV de profissional do ano foi concedido ao Dr. José Wanderley Neto, pelo seu brilhante trabalho em prol da cirurgia cardíaca no Nordeste, e no Brasil, ao longo das últimas décadas. A ele, meus cumprimentos. Agora é aguardar pelo 40º Congresso, que promete ser um sucesso ainda maior.

Registro, com alegria, o agradecimento pela homenagem feita, no Jantar de Encerramento, a mim, ao Editor Executivo, Ricardo Brandau, e à Assistente Editorial, Rosangela Monteiro, pela dedicação e competência demonstrados à Revista Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (RBCCV), posicionando-a entre as cinco melhores Revistas Científicas em Cirurgia Cardiovascular do mundo. Tal homenagem muito nos honra e incentiva a trabalhar com mais afinco pela Revista.

Estamos disponibilizando aos interessados mais uma categoria de manuscritos: "Imagens em Cirurgia Cardiovascular". O texto deve ter até 300 palavras, incluindo título e referências, e, no máximo, duas imagens, que devem seguir o padrão exigido atualmente (largura superior a 1000 pixels e DPI igual ou maior que 200). Todas as contribuições e sugestões serão bem-vindas.

Nesta edição, há quatro artigos disponíveis para testes pelo sistema de Educação Médica Continuada (EMC): "Comparação de Parâmetros Eletrofisiológicos das Estimulações Cardíacas Endocárdicas Septal e Apical", página 195 "Fatores de risco para síndrome de baixo débito cardíaco após cirurgia de revascularização miocárdica", página 217, "Uso do balão intra-aórtico no trans e pós-operatório de cirurgia cardíaca: análise de 80 casos consecutivos", página 251, e "RNI Point-of-care test (POCT): Esperança ou ilusão?", página 296.

Com a certeza de que a Cirurgia Cardíaca Brasileira é um marcador da viabilidade do nosso País, desejo a todos excelente leitura.

Recebam o meu abraço,

 

Domingo M. Braile
* Editor-chefe
RBCCV-BJCVS

REFERÊNCIAS

1. Braile DM, Godoy MF. História da cirurgia cardíaca no mundo. Rev Bras Cir Cardiovasc. 2012;27(1):125-34. Visualizar artigo

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